Capítulo 40 

“Hum, estou voltando agora“, respondeu Amélia em voz baixa. “Vou desligar.” 

E depois desligou o telefone. 

——- 

Rafael colocou o telefone lentamente no chão e olhou para a tela quando o sinal de ocupado 

tocou. 

O telefone havia retornado automaticamente à tela de bloqueio. 

Rafael desbloqueou o aparelho, na página do registro de chamadas recentes, o número que acabara de discar ainda estava lá, apenas uma sequência de digitos. 

Essa sequência de digitos esteve salva nos contatos de Rafael por oito anos. 

Aquele número, guardado desde uma época ainda jovem, durante o tempo em que reencontrou Amélia, ele quase não havia discado esse número, embora não precisasse estar na agenda. para que ele se lembrasse dele. 

Rafael não sabia por que, naqueles anos, nunca havia discado esse número. Ele frequentemente se lembrava de Amélia, da garota que ficava quieta diante da plateia, apresentando–se com sua voz suave característica de forma tranquila e simples: “Olá a todos, meu nome é Amélia“. A cada vez que se lembrava, ele não resistia em procurar o número, mas nunca chegou a ligar

Ele não poderia dizer como se sentiu durante esses anos, mas toda vez que seus dedos. tentavam empurrá–la para baixo, Rafael sempre se lembrava da súbita onda de perda e raiva que sentiu na festa de formatura, quando o coordenador informou, com pesar, que Amélia não poderia comparecer. Ela esperava que todos se divertissem. A súbita sensação de perda e raiva que surgia, naquele ano, Amélia havia partido sem dizer adeus. 

Por outro lado, após a perda e a raiva, havia a complexidade de Amélia não ser Helena

Sob a mistura de raiva e decepção, a cada vez que olhava para o número que surgia, ele nunca conseguia completar a ligação. 

Rafael até pensou que Amélia já teria trocado de número. 

Ele não percebeu que ela o havia mantido. 

É que ele sabia o número dela de cor, mas Amélia não parecia familiarizada com o número dele, que não era alterado há oito anos. 

Ao pensar em seu educado e cortès “Alô?” ao telefone agora há pouco, os olhos escuros de Rafael ficaram pálidos. Os olhos escuros de Rafael se desvaneceram novamente. 

Se ele não se enganava, essa não era a primeira vez que ela respondia com “Alô, quem fala?. Ela realmente não sabia quem estava do outro lado da linha. 

Capitulo 40 

A figura de Amélia apareceu na curva da escada do prédio escolar, olhando calmamente ao 

redor. 

Havia vários carros parados em frente ao prédio, e ela não conseguiu localizar o carro de Rafael de imediato. 

Rafael viu sua figura procurando e seu olhar, enquanto permanecia sentado no assento do motorista sem se mexer, apenas a observando fixamente. 

Amélia procurou o carro de Rafael sem perceber e se virou para ir na outra direção quando Rafael de repente tocou a buzina. 

Amélia olhou em volta e viu Rafael no carro, caminhando em direção a ele. 

“Desculpa, eu não te vi antes“, disse Amélia com uma voz suave e educada ao entrar no carro, 

mantendo uma distância cortès. 

Rafael vagamente se lembrava que Amélia sempre foi assim, durante os tempos de escola, no reencontro e até durante os dois anos em que estiveram casados, ela nunca se mostrou muito afetuosa ou pegajosa. parecia que ela sempre mantinha essa cortesia. 

Pela primeira vez, Rafael descobriu que na verdade não gostava dessa cortesia. 

até mesmo a detestava. 

Ele não pôde evitar virar a cabeça para olhá–la. 

“…” Amélia, sentindo–se um tanto confusa com o olhar, perguntou: “O que foi?” 

“Nada.” Ainda com uma voz leve, Rafael girou o volante em um semicirculo e o carro deslizou habilmente para fora da vaga de estacionamento. 

Amélia, acostumada a esse tipo de distanciamento indiferente dele, sentou–se ligeiramente ereta, com os olhos na estrada à frente, e não emitiu mais nenhum som. 

Rafael olhou para ela de relance; o perfil suave dela estava iluminado pelo brilho do pôr do sol, e uma mecha de cabelo soprada pelo vento criava uma pequena curva ao lado de seu rosto, 

parecendo serena e gentil. 

“está se adaptando bem na escola?” Rafael perguntou. 

Amélia olhou para ele surpresa, lembrando que Rafael não era de fazer conversa fiada, mas ainda assim, acenou levemente com a cabeça: “Sim, está bom.” 

Rafael: “As aulas de hoje foram muitas?” 

“Não é bem isso.” Amélia não queria dizer diretamente que simplesmente não queria voltar, “Hoje a escola teve uma palestra de recrutamento do ‘Escritório de Arquitetura‘, parecia interessante, então decidi assistir.” 

Rafael virou–se para olhá–la: “Você está pensando em procurar um emprego?” 

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