Capitulo 25 

Rafael ficou quieto, então seus olhos escuros pousaram no rosto dela: “Você está doente?” 

Amélia sacudiu a cabeça sem pensar: “Não, é que eu ainda não me acostumei com o clima e a comida daqui. Nos últimos dias, eu tenho estado ocupada e não tive tempo de cozinhar, então comi pouco e acabei emagrecendo.” 

Rafael olhou através da janela em direção ao “Hotel Amanhecer e então virou–se para olha–la: “De agora em diante, vou pedir para a cozinha do hotel entregar as refeições para você todos os dias. Lá eles servem comida verdadeira e o chef é brasileiro, certamente você vai conseguir se acostumar.” 

“Não precisa.” Amélia recusou delicadamente. “Não terei muitas aulas daqui para frente, vou conseguir cozinhar para mim mesma. Não é necessário incomodar.” 

Rafael: “Não é incômodo algum, é só uma questão de enviar uma refeição.” 

Ele já estava pegando o celular para fazer uma ligação quando Amélia o impediu: “Rafael, por favor, não.” 

Rafael se virou lançando um olhar sobre ela. 

Amélia também levantou suavemente a cabeça para encontrá–lo com um olhar calmo e firme. Ela dificilmente o olhava com tanta determinação. Rafael se lembrou da última vez que ela o havia olhado dessa maneira, tinha sido após eles terem feito amor, quando ela ainda estava deitada em seus braços, relaxada, com suas peles ainda mantendo o calor um do outro. Ela o olhava daquela maneira e lhe disse gentilmente. “Rafael, vamos nos divorciar.” 

Rafael desviou o olhar, evitando–a. 

Amélia notou a tensão perspicaz em sua linha mandibular e a maneira como sua maçã do rosto se contraiu, como se estivesse tentando guardar algo. 

Ela o observou de forma surpresa, pois durante todo o tempo em que ficaram juntos, raramente ela tinha visto Rafael demonstrar tal emoção. 

Ele sempre foi calmo e tolerante, sem demonstrar tristeza ou alegria, ira ou dor, como um imortal deportado além dos nove céus, afastado dos desejos mundanos, sem as emoções e desejos que uma pessoa normal poderia ter. 

Mas essa emoção foi passageira, e quando ele voltou seus olhos para ela, seu rosto estava calmo como sempre: “Você decide.” 

Amélia sorriu: “Tudo bem.” 

Ela então lhe disse baixinho: “Obrigada.” 

Rafael não prolongou o assunto, sua expressão permanecia neutra, com uma brisa fria ao seu redor. 

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Capitulo 25 

Amélia também não disse mais nada, e o tão conhecido se espalhou pelo pequeno espaço

Quando ainda eram casados, Amélia lidava com habilidade com esse silêncio, concentrando–se em suas próprias coisas, sem incomodar o outro, já que eram marido e mulher, não precisavam de muitas etiquetas. Mas agora, ela era a anfitria da casa e Rafael o visitante, e Amélia não conseguia ficar tão à vontade quanto antes. Contanto, ela realmente não sabia como se comportar diante de Rafael, que parecia estar de mau humor. Enquanto ela estava pensando em como quebrar o silêncio, a campainha tocou. 

“Vou verificar quem está na porta, sente–se um pouco.” Amélia disse, virando–se para ir ver. mas então lembrou–se do resultado do exame que ela havia deixado na cesta na mesa de centro. Com medo de Rafael olhar, ela rapidamente deu a intenção que não queria que o visitante visse a bagunça, juntou o casaco, cachecol e bolsa que estavam pendurados de qualquer jeito no hall de entrada, e foi até a mesa de centro, pegou a cesta e os pequenos itens que estavam espalhados de maneira desorganizada sobre o móvel da TV e os colocour dentro do armário. Depois de ajeitar apressadamente o cabelo e ter certeza de que tudo estava no lugar, ela finalmente respondeu “Já estou indo” e se foi atender a porta. 

Durante todo esse tempo, Rafael apenas a ficou observando com os braços cruzados. assistindo–a correr de um lado para o outro e se arrumar nervosamente. Quando ela estava indo atender a porta, ele finalmente disse: “Quem está do lado de fora? Por que você está tão nervosa?” 

Amélia não fazia ideia de quem poderia estar lá fora; ela estava preocupada apenas em esconder o resultado do exame. Ela morava sozinha e geralmente não recebia visitas, então não se importava onde deixar o resultado do exame. Mas quem conseguiria imaginar que, depois de quase meio mundo de distância, ela iria encontrar Rafael? 

“Pode ser um colega.” Amélia respondeu casualmente, abriu a porta e ficou admirada ao ver 

Pedro. 

Rafael percebeu o súbito congelamento de seus movimentos, lançando lhe um olhar, o qual conseguiu atravessar seu ombro até a porta, onde viu Pedro com uma expressão de ansiedade. Seu olhar vacilou por um instante. 

Pedro, com sua atenção completamente voltada para Amélia, não notou que Rafael estava dentro da sala. 

“Cecilia me ligou e disse que você foi ao hospital hoje à tarde e então…” 

A frase “foi ao hospital” desatou uma reação automática em Amélia, que o empurrou levemente: “Vamos conversar lá fora.” 

Ao terminar de falar, ela fechou a porta do quarto apressadamente. 

A expressão de Rafael se transformou instantaneamente, fazendo que ele desviasse o olhar da porta fechada, tentando se acalmar. 

Pedro ficou admirado com a ação abrupta que Amélia teve, olhou para dentro da sala por um 

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momento, mas a porta que Amélia havia fechado atrás de si não permitia que ele visse mais nada. 

Amélia o levou até um canto longe da porta, na escadaria, e só parou quando se certificou que Rafael não podia escuta–los. 

“Desculpe.” Amelia começou pedindo desculpas. 

Pedro ficou olhando para a porta fechada atrás dela e perguntou: “Aconteceu alguma coisa?” 

“Não é nada.” Amélia respondeu, olhando para ele, “A propósito, você velo me procurar por algum motivo?” 

Pedro começou a falar olhando para ela: “Cecilia disse que você se sentiu mal na hora do almoço e foi ao hospital. Ela estava ocupada no trabalho e não conseguiu entrar em contato com você, depois mandou uma mensagem e você não respondeu, não atendeu ao telefone. ela ficou super preocupada que alguma coisa pudesse ter acontecido com você e me pediu para passar aqui e verificar se você estava bem.” 

*Foi um descuido da minha parte, acabei encontrando um amigo e não respondi as mensagens dela, mas estou bem.” Amélia olhou para ele. “Será que você pode me emprestar seu celular para que eu possa ligar para ela?” 

Pedro, acenando com a cabeça, deu o telefone para ela. 

“Obrigada.” Amélia agradeceu, pegou o telefone e ligou para Cecilia. O telefone mal começou a tocar e já foi atendido imediatamente. “Alo? Pedro? Você já foi lá? Amy está bem?” 

“Cecilia, sou eu.” Amélia interrompeu delicadamente a saraivada de perguntas que ela fazia, “Eu estou bem, não fique preocupada.” 

“Onde você esteve todo esse tempo? Eu estava morrendo de preocupação.” Cecilia quase não conseguia se segurar ao escutar a voz de Amélia, “Você não respondeu mensagens, não atendeu ao telefone, faz ideia de quanto eu estava preocupada? Você estava daquele jeito na hora do almoço e ainda por cima, quis ir sozinha ao hospital, sem chamar ninguém para te acompanhar…” 

“Desculpa, eu não estava prestando atenção no celular.” Amélia sentia–se culpada e falou com voz calma para acalmá–la, “Eu realmente estou bem, é que eu encontrei com o Rafael à tarde e não olhei mais para o celular.” 

“O que?” Cecilia se surpreendeu, “Você encontrou com o Rafael?” 

Sua voz estava alta o suficiente para que Pedro, que estava ao lado dela, ouvisse e olhasse para Amélia, então bem devagar olhou para a porta fechada de Amélia.. 

Dentro do quarto, Rafael ficou com a mesma postura que tinha quando Amélia saiu, olhando fixo para um canto do quarto, mas seus sentimentos atrapalhados não se acalmaram, e al porta fechada continuou assim. 

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Capitulo 25 

Rafael olhou para a porta e depois para o relógio no pulso, deu alguns passos à frente e abriu a porta do quarto. 

Pedro olhou bem na hora e os olhares de ambos se chocaram no ar, sem grandes expressões em seus olhos, apenas se avaliando silenciosamente à distância

Capitulo 267 

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