Capítulo 149 

Os olhos escuros de Daniel olharam para ela, com a ponta da sobrancelha levantada: “Um encontro casual? Será que você esqueceu o que aconteceu cinco anos atrás, naquele barracão? Já que esqueceu, deixa eu refrescar sua memória…“ 

Com um olhar intimidador e uma aura incisiva, Daniel se aproximava passo a passo. 

Ao ouvir suas palavras, o coração de Olivia falhou, e sua alma tremeu sob a pressão dele. Ela recuava continuamente, com os olhos arregalados: “Você está dizendo que… você é..“ 

Ele era o homem que havia descido repentinamente do céu e a havia tomado à força cinco anos atrás? 

meu Deus, o homem que ela procurara por cinco anos era Daniel! 

E pensar que, há cinco anos, ela engravidou e ficou arrasada e desanimada desde então. 

Pensar que, por estar grávida, ela teve que abandonar a escola, sem um diploma, e sofreu por cinco anos de sua vida. 

Uma onda de raiva invadiu seu coração. 

Ela estava furiosa e sentia–se humilhada, com raiva e irritação enchendo seus olhos. Ela começou a bater nele de forma desordenada. “Então foi você, você que destruiu minha honra, você sabe quantas dificuldades eu passei, quantos olhares de desprezo eu aguentei?” 

Daniel agarrou a mão dela e a trouxe para perto de seu peito. 

“Me solta!” Olivia se debatia, tentando retirar a mão de sua pegada

Daniel era forte, segurando–a firmemente, impedindo–a de se mover. 

Com seus olhos escuros dele encontraram os olhos exasperados dela e sua voz baixa e magnética disse: “Eu disse que ia assumir, você deveria ter me procurado, o que você fez?” 

Ela tinha perdido o pingente que ele lhe dera! 

Ela sabia o que aquele pingente representava? Era uma herança de uma família Griera que somente o homem no comando do Grupo Griera poderia ter. 

Ninguém mais poderia obtê–lo se quisesse, e ela o havia perdido! 

“Como eu ia saber? eu nem vi direito seu rosto, e o pingente foi soterrado quando a casa desabou, procurei por cinco anos e não encontrei!” As lágrimas transbordavam dos olhos de Olivia, com o peito em uma agitação violenta. 

Ela estava repleta de mágoa e dor. 

Se naquela época ela o tivesse encontrado, ela o teria levado à justiça! Acusá–lo–ia de ter forçado ela! 

Mas agora não podia, ela tinha quatro filhos. 

Se isso fosse para o tribunal, seus quatro filhos seriam criticados por todos. 

As lágrimas dela brilharam como se fossem fosforescentes, e o coração dele se apertou um pouco enquanto ele observava. 

Ele levantou a mão e enxugou as lágrimas dela com a ponta do polegar. 

A mão calejada acariciava a pele delicada de seu rosto, despertando um arrepio, fazendo Olivia se encolher. 

Ela estremeceu e virou o rosto, evitando seu toque. 

O olhar sombrio de Daniel escureceu ainda mais, e ele disse: Vem comigo.” 

Tudo isso era obra de Viviana e Vania! 

Se não fosse pelas duas interferindo, ele e Olivia não teriam perdido cinco anos. 

Ele levaria ela até Vania e Viviana para um confronto direto, para dar a Olivia uma explicação! 

Olivia foi puxada por Daniel para dentro do carro, e ele também entrou. Bruno deu partida no motor, e o carro partiu. 

Olivia ainda estava furiosa e magoada, com o peito subindo e descendo: “Pra onde a gente tá indo?” 

“Aldeia Souza.” Daniel respondeu. 

Olivia ia perguntar mais alguma coisa, mas o celular de Daniel tocou. 

Ele atendeu a ligação. 

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